A jovem nunca tinha ouvido falar do nome que eu disse. Fiquei desconcertado, confesso.
A jovem estava batalhando a vida, dirigindo para a Uber em pleno domingão de sol. Simpática. Recomendei que digitasse aquele nome que eu falei no Google, doutor de todas as sabedorias do mundo digital. "Acho que você vai gostar", vaticinei.
Começamos a conversar sobre outras coisas, o trajeto foi muito agradável. Desci na esquina das alamedas Santos com Campinas e rumei para a Paulista, era compromisso anotado na agenda com muito interesse.
A avenida estava animada, com um pouco menos de gente do que é costumeiro nos domingos de sol. Certamente por conta do Dia das Mães, uma festa relacionada com reuniões familiares.
No palco do prédio da Fiesp, na calçada, ninguém menos do que Zizi Possi enchia a avenida com sua voz extraordinária, o repertório dedicado ao amigo Gonzaguinha.
O sol a pino me permitiu oferecer meu tamanho como sombra para uma senhorinha, sentada em sua cadeira de rodas e encantada com a música.
Como se não bastasse uma artista de tal porte cantando na rua, show gratuito, no finalzinho ela chamou a filha Luiza Possi e as duas cantaram juntas. E trocaram afagos mais do que justos na simples condição de mãe e filha.
Depois do bis cantado em coro pela plateia, dos muitos aplausos, pensei na minha motorista. Deus queira que tenha consultado o Google para saber que Zizi Possi é algo divino.
Heraldo Palmeira é produtor cultural, aluno do mundo.
Como se não bastasse uma artista de tal porte cantando na rua, show gratuito, no finalzinho ela chamou a filha Luiza Possi e as duas cantaram juntas. E trocaram afagos mais do que justos na simples condição de mãe e filha.
Depois do bis cantado em coro pela plateia, dos muitos aplausos, pensei na minha motorista. Deus queira que tenha consultado o Google para saber que Zizi Possi é algo divino.
Heraldo Palmeira é produtor cultural, aluno do mundo.
Queria eu ter assistido a tal espetáculo...
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